A Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas - CETE da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, implementada no Campus XVI Irecê, nasce a partir de uma parceria entre UNEB, UFMG(Universidade Federal de Minas Gerais), O ITD (Instituto Trabalho Decente) e o Projeto CAFÉ (Colaboração, Autonomia, Fortalecimento e Empoderamento de Trabalhadores), com o compromisso de devolver a dignidade humana de trabalhadores resgatados de condições análogas à Escravidão nas fazendas de café em Minas Gerais, uma prática grotesca, fruto de um sistema que burla os direitos sociais e humanos.

Ela se constitui como a primeira clínica do nordeste, para o enfrentamento ao trabalho análogo ao de escravo, e os objetivos são atuar de forma preventiva, através da conscientização, formação e informação da comunidade sobre as consequências das condições degradantes de trabalho e caracterização da escravidão contemporânea. 

Contando com uma estrutura Universitária, lastreado no Ensino, Pesquisa e Extensão, a CETE do Campus XVI – Irecê, contempla um corpo docente qualificado, pesquisadores, estudantes da Graduação, pós-graduação e espaço físico estruturado, tem como objeto a promoção do mundo do trabalho decente.

A CETE tem como horizonte, enfrentar os desafios das relações jurídica, sociais e educacionais do mundo do trabalho, permitindo aos trabalhadores, empregadores e cadeias produtivas do território de Irecê, e por consequência do Brasil, ser referência na dignidade da pessoa humana na visão do trabalho decente. 

Contribuindo na perspectiva que, os trabalhadores e trabalhadoras, em função de características socioeconômicas em suas regiões, que procuram oportunidades de trabalho em outras regiões do país, sendo que, a migração é um direito humano, porém a violação desse direito, que é a usurpação da liberdade do trabalhador é um ato que configura crime de "Plágio"(Art. 149 Código Penal), ou seja, onde estiver, tenha voz e vez de não ser escravizado!

Além disso, a Clínica - CETE acompanha os trabalhadores resgatados oferecendo atendimento psicossocial, assistência jurídica, educação e capacitação, trazendo de volta a dignidade dessas pessoas. Promove o dialogo informativo e formativa para a atividade produtiva, das consequências da existência de trabalho degradante ou mesmo análogo ao de escravo.  

A CETE se constitui como a primeira clínica do nordeste, e os objetivos do seu trabalho são atuar de forma preventiva, através da conscientização da comunidade sobre os reflexos e impactos da submissão e da existência de condições degradantes de trabalho. Ademais e diante de uma rede nacional de clinicas jurídicas de enfrentamento ao trabalho escravo e com parcerias, públicas privas e da sociedade civil, forma sua atuação na promoção de uma sociedade que preza pelo trabalho digno e decente.